Ambos são azuis e o presente mostra que no futuro a história pode ser bem parecida. Manchester City, assim como Chelsea era um time mediano na Liga Inglesa, sem grandes títulos de expressão mundial, até que um bilionário chega e muda o rumo das coisas, fazendo times competitivos, com estrelas e uma projeção internacional jamais vista antes. No Chelsea, o russo Roman Abramovich que assumiu em 2003, trouxe o ótimo e experiente volante francês Makelelê do poderoso Real Madrid, além de Geremi, também do clube espanhol. Além deles trouxe nomes como o argentino Verón; os ingleses Bridge, Joe Cole e Glen Johnson; o romeno Mutu e o irlandes Duff, em um elenco que já contava com nomes como John Terry, William Gallas, Frank Lampard, Hasselbaink e Hernan Crespo. Trouxe posteriormente o treinador português José Mourinho e com ele veio mais um trupe de craques como Robben, Peter Cech e Diddier Drogba. Com Abramovich no comando, Chelsea já chegou a final de Liga dos Campeõs, além de ter conquistado o campeonato inglês praticamente invícto com a melhor campanha da história.
O Manchester City, que já viveu tempos de terceira divisão e se orgulha por ter maior torcida em Manchester do que o rival famoso, tem tudo pra vir a ser um novo Chelsea. City que já vinha com um bom time, contando com o experiente alemão Hamann e as revelações Micah Richards e Ireland,é comprado pelo ex-Primeiro-Ministro da Tailândia Thaksin Shinawatra, que traz o ex-técnico da Inglaterra Sven-Göran Eriksson, e os primeiros brasileiros no clube, Elano e Geovanni. O impacto é imediato: o City torna-se sensação inicial, vencendo os três primeiros jogos, incluindo um dérbi contra o United, e liderando o campeonato. A boa fase, entretanto, dura apenas a primeira metade do campeonato e, insatisfeito com a campanha no returno, Shinawatra demite Eriksson a dois jogos do fim do campeonato. Em setembro, Shinawatra decide revender o clube para o xeque Sulaiman Al-Fahim, que imediatamente demonstra seu cartão de visitas e foi responsável pela maior transferencia da janela: Robinho, que estava acertando sua ida para o Chelsea devido a sua insatisfação no Real Madrid, é contratado por 40 milhões de euros. No ano seguinte depois de uma temporada abaixo do esperado,o clube tenta conseguir uma contratação ainda mais bombástica, a de um outro brasileiro: Kaká. Seu clube, o Milan, deixa-o livre para negociar sua ida para Manchester, após ser ofertado mais de 100 milhões de libras (algo em torno de 320 milhões de reais) pelo melhor jogador do mundo em 2007, que recusou a proposta. Outros procurados pelo clube também o recusaram, caso dos espanhois Fernando Torres e David Villa e do zagueiro inglês John Terry. Quem acertou com o City foram o goleiro Shay Given, o atacante Craig Bellamy, e o meio de campo da seleção Holandesa De Jong. Em julho, o clube continuou investindo e até agora já acertou com o atacante argentino Carlitos Tévez, o atacante Emmanuel Adebayor e o zagueiro Kolo Touré, ambos do Arsenal,o meia Bary do Aston Vila e o atacante paraguaio Roque Santa Cruz.
Se continuar assim, tanta grana investida e com a baixas de Cristiano Ronaldo no Manchester United e dos recém contratados perante o Arsenal, City tem tudo para brilhar não só nesse campeonato Inglês que se iniciará, mas também nun futuro muito promissor. É esperar pra ver.