Sua história começa na Hungria em 1927. Filho de um polonês com uma eslovaca, László deu seus primeiros chutes no Ganz. Com 18 anos foi jogar no Ferencváros, onde chegou a marcar 27 gols em 49 jogos. Porém dois fatores o fizeram sair de seu país de origem: a morte de seu pai e o chamado para o alistamento militar.
Kubala fugiu então para o país de sua mãe e passou a jogar pelo Slovan Bratislava. Sua estadia no clube foi curta devido a nova chamada para servir o exército. Porém, um fato marcaria a vida do promissor jogador. László acabou se apaixonando pela filha do treinador, vindo se casar posteriormente.
Enquanto esteve no país, defendeu a seleção nacional da Eslovênia. Sua primeira até então.
De volta a Hungria, jogou por um curto período de tempo no Vasas. Mas a ascensão do comunismo no país o fez fugir novamente.
Irritada com o caso, a federação húngara fez pressão junto a Fifa para punir o jogador, que, na ocasião, defendia a seleção de seu país de origem. Impedido de jogar profissionalmente, Kubala criou o time amador Hungaria, que reunia outros jogadores do leste europeu, que, como ele, haviam fugido de seus países por causa do comunismo.
A equipe conseguiu grandes resultados, sobretudo na Espanha, ganhando de times locais e até da seleção nacional, que se preparava para a Copa do Mundo de 1950.
Devido ao sucesso, o Barcelona se interessou pelo jogador e insistiu para que a Fifa liberasse o jogador da suspensão. A entidade acabou cedendo e, para que Kubala se sentisse em casa, o clube espanhol contratou seu sogro para ser treinador da equipe.
A parceria deu certo e o Barça foi campeão espanhol nos dois anos seguintes, fazendo com que o clube se tornasse o maior vencedor do país.
Em 1953, o clube começa uma briga com o pequeno Real Madrid - time de pequena expressão até o momento - por Alfredo Di Stefano. A equipe da capital leva a melhor e, com o argentino em campo, se tornaram uma potência mundial. Faturaram cinco títulos espanhóis e as três primeiras edições da Ligas do Campeões.
Em 1958, na tentativa de ajudar seu clube, Kubala indica a contratação de seus compatriotas Kocsis e Czibor. O pedido foi atendido e, junto com o brasileiro Evaristo de Macedo, o trio húngaro levou o Barça ao título espanhol daquele ano. Com a conquista, ganharam uma vaga para a Champions do ano seguinte.
Nesse momento, a rivalidade com o Real se acirrou com os confrontos de ambos pela Liga. O time da capital levou a melhor naquela edição. O troco veio na edição do ano seguinte. Barcelona e Real Madrid se enfrentaram nas oitavas de final e, dessa vez, os catalães levaram a melhor. Porém, apesar de chegarem como favoritos à final, perderam o título para o Benfica.
A derrota marcaria a aposentadoria de Kubala ainda naquele ano, devido a seguidas lesões. Torna-se então o técnico do time, ficando até 1965. Depois de 15 anos no clube catalão, Lászlo foi para o rival da cidade, Espanyol, onde conciliou os cargos de jogador e técnico.
Kubala ainda fez o mesmo em times da Suíça e do Canadá, até que no São Francisco Golden, dos Estados Unidos, foi apenas jogador. Na ocasião, o técnico era seu compatriota, o fantástico ex jogador Ferenc Puskas.
Posteriormente, Kubala treinou algumas equipes, em sua maioria na Espanha, onde chegou a ser técnico da seleção principal.
Kubala veio a falecer em 17 de maio de 2002, com 74 anos. Seu último trabalho dentro do futebol foi à frente da seleção paraguaia, na Copa América de 1995.
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