segunda-feira, 15 de junho de 2009

Kakádependência ?!?

Começo o post com a frase dita na transmissão da Globo: "Lúcio tem a braçadeira pela raça demonstrada jogando e esbravejando.. mais o verdadeiro capitão dessa seleção é o Kaká". Kaká é o que chama os jogadores, o que grita, o que tenta algo de novo, o que motiva, o que une o grupo, o que chama a responsabilidade.. E foi nítido, mais uma vez, que o time de Dunga joga em função dele. Quando o novo galático pega a bola, outros jogadores param e assistem, ficam estáticos esperando uma jogada de gênio do ex-são paulino. O melhor exemplo disso foi comprovado no início do segundo tempo, quando deu uma certa apagada, inesplicavelmente o time tomou dois gols em apenas um minuto. E isso que estamos falando do Egito, imagina se fosse Itália ou Espanha.. O começo de jogo foi empolgante. Kaká logo cedo já chamou a responsabilidade e deixou o seu (belo) gol, esbanjando técnica. Em jogada ensaiada, saiu o segundo e o terceiro: Daniel e Elano que batem bem na bola, alçaram bolas nas cabeças de Luís Fabiano e Juan, respectivamente. No intervalo de um gol e outro, Zidan e Aboutrika, que davam trabalho, tanto insistiram que consiguiram marcar. A partir daí, com o resultado de 3x1, o time de Dunga parou de jogar e começou a administrar, afinal o Egito respeitava muito a seleção e parecia aceitar os gols tomados. Pois bem, o jogo voltou do intervalo, o time de amarelo continuou administrando, mas, dessa vez, os homens de vermelho pareciam estar mais ligados. Foi ae que começou o sufoco: 3x2,3x3, com direito a pressão e lances bonitos. Dunga por incrível que pareça, até mexeu bem no time, fez substituições coerentes. Tirou Elano, que embora tenha dado passe pra gol, não era tão veloz e não chegava a frente; tirou Robinho que nada fez e tirou Kléber que não foi tão ativo. O problema é que Pato entrou e fez exatamente o que Robinho vinha fazendo: lances individuais sem sucesso algum. André Santos, até se movimentou bem, mas já estava no final e pouco fez. Ramires, que partida após partida parece ser um escape para Dunga, foi o único que entrou a fim de mudar o que estava errado. E não era poucas coisas. Presenciamos até Júlio César, o melhor goleiro do mundo atualmente, deixando escapar bolas. A Seleção precisava de alguém que ligasse o 'ON' novamente. E lá estava ele, o novo jogador do Real Madrid: cobrava pegava a bola e partia pra cima, chamava toda a responsabilidade que o depositavam. Kaká, o melhor do mundo em 2007 merece toda atenção e respeito, mais deixar que ele resolva sozinho contra 11 egípicios fica complicado. Mas mesmo complicado, ele conseguiu. Levou o time pra frente, fez jogadas que levantou novamente o time e, após uma testada do nosso zagueiro que usa a braçadeira, é marcado um pênalti. Nosso camisa 10, novamente chama a responsabilidade e decreta a vitória de 4x3, deixando claro a Kakádependência.

2 comentários:

  1. Acho que mais que Kakádependência, a seleção brasileira tem uma JulioCesarpendência... quando ele não faz milagres a gente percebe que a defesa é fraca...

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  2. a defesa é incrível, problema é "Dunga's volantes"

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