segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Homenagens: Alfredo Di Stéfano

Sem dúvidas um dos melhores de todos os tempos. E não são apenas argentinos e espanhóis que dizem isso de Alfredo di Stéfano Laulhé. Quem o viu jogar, o coloca acima de Pelé e Maradona. Inclusive os dois citados. O argentino Di Stéfano debutou no River Plate em 1945, após ser indicado pela sua mãe à um olheiro do clube. Após marcar 49 gols e conquistar dois títulos nacionais, foi convocado para a seleção argentina. Mas mal deu tempo dos argentinos aproveitarem o craque por sua seleção local. Em 1949, após dois anos sem conquistar títulos no River, Stéfano se transferiu para o Milionários, da Colômbia, e assim, se naturalizou colombiano. Além de conquistar quatro campeonatos nacionais pelo seu novo clube, Alfredo di Stéfano também participava de amistosos muito bem pagos ao redor do mundo. Em um deles, em 1953, contra o Real Madrid, foi um dos grandes destaques da partida e imediatamente contratado pelo Barcelona. O clube catalão o negociara com o clube que oficialmente detinha de seu passe, o River Plate. Di Stéfano já havia participado de três amistosos pelo Barcelona quando o Real Madrid entrou na disputa por ele. O clube da capital falara diretamente com o Millonarios e passou a considerar-se também dono da joia rara. O ministro dos esportes, General Moscardo, apresentou sua solução: o argentino faria temporadas alternadas por cada equipe por quatro anos - começando pelo Real. O acordo foi rejeitado pelo Barça, e Di Stéfano acabaria ficando no Real. A polêmica mudança dele para Madrid fez o Barcelona sentir-se traído. A rivalidade entre as duas equipes, até então irrisória começaria aí, aumentando com o passar dos anos devido às conquistas em série que o Real conseguiria com ele liderando o clube em campo. Antes de Di Stéfano chegar, o clube da capital não era o maior vencedor do país, nem mesmo da cidade: tinha dois títulos no campeonato espanhol, mas conquistados havia mais de vinte anos. No momento, o Barcelona (seis), Atlético Bilbao (cinco), Atlético de Madrid (quatro) e Valencia (três) possuíam mais conquistas em La Liga. Com Di Stéfano em sua primeira temporada, o Real conquistaria seu terceiro título, muito por conta dos 29 gols que deram a artilharia do torneio ao argentino. Um bicampeonato seguido viria na segunda temporada. Este título credenciou o Real Madrid a ser o primeiro representante da Espanha na Copa dos Campeões da UEFA, que teria sua primeira edição na temporada europeia de 1955/56. Di Stéfano não só participou, mas más também faturou novamente a artilharia e, o mais importante, conquistou a primeira edição do torneio entre clubes mais importante do mundo. A linha ofensiva com Kopa e o ponta da Seleção Espanhola Francisco Gento daria frutos na temporada 1956/57, com o Real vencendo novamente o Espanhol (com Di Stéfano novamente na artilharia) e conseguindo um bi na Copa dos Campeões. Com isso, Stéfano novamente se naturalizou e passou a jogar pela seleção meregue. A temporada que se seguiu viu o Real igualar-se a Barcelona e Atlético Bilbao como o maior vencedor da Liga Espanhola e com Di Stéfano novamente artilheiro dela. A continuação houve também na Copa dos Campeões: pela terceira vez seguida, a taça veio para o Real. Em 1958 chega ao clube o húngaro Ferenc Puskás, formando assim uma das mais brilhantes e vencedoras duplas da história do futebol mundial. Os anos de ouro no cenário internacional terminariam na década com o Real faturando também a primeira Copa Intercontinental, com vitória de 5 x 1 sobre o Peñarol. Em menos de dez minutos, ele já havia marcado uma vez, e Puskás, duas. Após conquistar cinco títulos continentais seguidos, o Real levantaria o Espanhol também cinco vezes seguidas entre 1961 e 1965. A última delas já foi sem ele no elenco: já sem os mesmo números de artilheiro, Di Stéfano deixou em 1964 o clube e se transfere para o Español, outro rival do Barcelona - por serem da mesma cidade. No Español jogou duas temporadas até encerrar a carreira, aos 40 anos, com, além de todos os troféus, mais de 800 gols marcados. Após um ano aposentado, Alfredo di Stéfano virou treinandor, passando por Boca Junior, Valencia, Sporting, River Plate, entre outros. Hoje, aos 83 anos, Di Stéfano é o presidente honorário do Real Madrid.


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Algumas frases sobres 'Don' Alfredo Di Stéfano:

"Para mim, o número 1 é Di Stéfano. Aqueles que o viram, viram. Aqueles que não o viram, perderam" (Joaquín Peiró, ex-Atlético de Madrid)

"Se Pelé foi o violinista principal, Di Stéfano foi a orquestra inteira" (Helenio Herrera, ex-técnico do Barcelona)

"Foi o jogador mais inteligente que vi jogar e transpirava esforço e coragem. Foi um líder inspirador e um exemplo perfeito para os outros jogadores" (Bobby Charlton, ex-Manchester United)

"Para as crianças dos anos 50, Di Stéfano era, acima de tudo, o som da vitória que se ouvia nas rádios, seu nome ecoava como uma batida do coração associada sempre a uma sensação de vitória" (editor de esportes do jornal espanhol 'As')

2 comentários:

  1. Realmente, Di Stéfano foi um jogador fantástico.
    Foi superior a Maradona e é uma disputa boa com Pelé.

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  2. pelo o que falam Di Stefano foi um jogador brilhante melhor que Maradona e melhor que Pelé JOGADOR MUITO BOM

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