quinta-feira, 24 de março de 2011

Homenagens: Didi


Antes de Pelé, a 10 era dele. Eleito o melhor jogador da Copa de 1958, Waldir Pereira era mais conhecido como Didi. No entanto, com seu enorme talento, acabou ganhando outros apelidos durante sua carreira, como 'Mr. Football' e 'Príncipe Etíope'.
Dono de passe um passe refinado e uma classe toda particular, é sempre lembrado como um dos melhores e mais elegantes médio volantes da história do futebol mundial. Foi também o criador da trivela, na época, chamada de chute 'folha seca', por ser similar ao movimento que as mesmas fazem ao cair, mudando de rumo.
Didi começou na base do time carioca São Cristovão e rodou por times do interior até se tornar profissional em 1946, pelo Americano. Se destacou por times de menor expressão e, três anos, depois chegou ao Fluminense. No tricolor carioca ganhou seus primeiros títulos de expressão e começou a ser chamando para Seleção Brasileira. Já conhecido nacionalmente e tido como um dos melhores jogadores em atividade no Brasil, foi ser o maestro do Botafogo, que na época contava com nomes como Garrincha, Zagallo e Nilton Santos.
A parceria rendeu frutos e, juntos, ganharam a Copa do Mundo de 1958, a primeira do Brasil até então. Didi foi eleito o melhor jogador do torneio depois de já ter chego como centro das atenções por ter feito um gol de falta no estilo 'folha seca', nas eliminatórias, contra o Peru.
No ano seguinte ao título, surgiu a oportunidade de jogar na Europa e Didi foi contratado pelo poderoso Real Madrid. A equipe era a grande sensação mundial, ganhando título atrás de título. Pelo clube espanhol, o 'príncipe negro' ganhou a Liga dos Campeões daquele ano e saiu no final da temporada. Boatos dizem que astro argentino Di Stefano se sentiu ameçado e liderou um boicote ao brasileiro, que também sofreu muito preconceito por conta de sua cor negra.
De volta ao Botafogo, Didi ganhou dois campenatos cariocas e foi para o São Paulo. Porém, o clube paulista estava afundando em dívidas por causa da construção do estádio do Morumbi e teve que se disfazer do jogador.
Pela terceira vez em sua carreira, voltou parar o clube da estrela solitária. Porém, com a soberania nacional do Santos, 'Mr. Football' foi tentar a sorte no futebol mexicano.
No final da mesma temporada, o tricolor paulista já estava bem financeiramente e repatriou Didi. Mesmo com 38 anos, o jogador se destacou e foi chamado para a Copa do Mundo de 1962.
Comandado por Pelé e Garrincha, o Brasil se tornou bi campeão mundial e, logo após o torneio, o príncipe negro encerra sua carreira de jogador.
Contribui ainda para o futebol como treinador, começou por times do Peru, chegando a treinar a seleção principal daquele país. Levou-a pela primeira vez a Copa do Mundo de 70, onde foi eliminado pelo próprio Brasil, que seria campeão aquele ano.
Didi treinou também Fluminense, Cruzeiro, Botafogo, e os internacionais Fernebahçe e River Plate, da Turquia e Argentina, respectivamente.
Veio a óbto dia 12 de maio de 2001(aos 72 anos), deixando no currículo duas Copas do Mundo, uma Liga dos Campeões da Europa, quatro campeonatos carioca e o inovador chute de trivela.

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