domingo, 23 de agosto de 2009

Oito vezes campeãs

O dia 23 de agosto com certeza ficara na memória das meninas do vôlei. Exatamente um ano depois de conquistar o ouro Olímpico em Pequim, a seleção brasileira femina de volêi sagrou-se campeã de forma invícta no Grand Prix e, assim, reafirmou seu status de maior vencedor do torneio. Outro motivo de alegria nesse 23 de agosto é que, além da medalha de outro em pequim e da conquista do Grand Prix pela oitava vez, hoje também é aniversário de Mari, completando 26 anos.
O Brasil fez uma campanha impecável na competição. Foram 14 jogos e 14 vitórias, contra Estados Unidos, Alemanha, Porto Rico, China, Polônia, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Rússia e Holanda. Há oito anos sem perder para o Japão, o Brasil entrou na quadra no lotado Ginásio Metropolitano de Tóquio com a responsabilidade de seguir com o esse número, manter a invencibilidade na competição e conquistar o octacampeonato. Além disso, tinha a árdua tarefa de calar a torcida japonesa, que compareceu em grande quantidade para incentivar sua seleção a chegar à sua segunda vitória na fase final. A pressão feita pela torcida surtiu efeito e a seleção brasileira errava muito. Mari, com muita dificuldade na recepção, não passava bem para Dani Lins. Tal situação ajudou na marcação das japonesas sobre o time brasileiro. Com 17/12 a favor do Japão, Thaisa errou o tempo de uma bola de meio, enlouquecendo o técnico Zé Roberto. Vulnerável na recepção, a aniversariante passou a compensar no bloqueio. Foi ela a responsável pelo 19º ponto, que igualou o marcador. Em mais um toco da atacante, o Brasil passou a frente pela primeira vez no set: 21/20. Neste momento, Zé Roberto tinha em quadra Joycinha e Ana Tiemi, que fez uma defesa sensacional e deixou 23/20. Desfeita a inversão de 5-1, Mari cravou na quadra japonesa e marcou 24º ponto. Mais uma vez ela, no bloqueio, fechou para o Brasil em 25/21. O segundo set foi marcado pelo equilíbrio. O Japão começou na frente mas logo as meninas brasileiras reagiram, chefiadas pelo 'paredão Fabiana'; inquestionável nos bloqueios. Com 16/15 a favor no placar, as japonesas foram para a parada técnica obrigatória. Na volta as quadras, o equilibrio continuou e as duas equipes se revezavam na frente do placar até os 22, quando o técnico Zé Roberto resolveu fazer algumas substituições - entre elas, a estréia de Camila Brait. Porém as trocas não deram resultado e as japonêsas venceram o segundo set por 27/25. Com a partida igual em sets, o Brasil precisava reagir para alcançar o octacampeonato. No dia em que completava 1 ano da inédita conquista do ouro olímpico, a seleção brasileira não podia transformar o 23 de agosto em uma data amarga. Afinal, a taça já estava praticamente na mão. Perdê-la seria frustrante demais. Era preciso crescer em quadra. E foi o que as meninas fizeram. Apesar do começo devagar, elas encontraram o jogo no meio do set e, com os fundamentos funcionando de forma eficiente, colocaram uma boa vantagem, que foi administrada até 25/19. Para o quarto set, Zé Roberto fez algumas mudanças no time como Sassá no lugar da aniversariante Mari. A tática usada pelo técnico Zé Roberto funcionou, e o Brasil teve mais tranquilidade na parcial. Com seis pontos de vantagem no placar, a seleção foi se aproximando do octacampeonato. Antes mesmo do 25º ponto no placar, as meninas já comemoravam a conquista, ratificando que 23 de agosto é, realmente, o dia de sorte delas.
E não para por aí. Além de campeã, a seleção ainda manteve a rotina de ter uma brasileira eleita a melhor jogadora da competiação. Em 2005, Paula Pequeno foi a eleita. No ano de 2006, foi a vez de Sheilla. Em 2008, Mari foi a escolhida. Neste ano, quem ficou com o título foi novamente a oposto Sheilla(primeira foto). A equipe de Zé Roberto ainda ganhou mais um prêmio individual: Fabiana recebeu a placa de melhor bloqueadora(segunda foto).

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