Michael Phelps voltou às piscinas em maio, e o flagrante com maconha que chocou o mundo ainda estava vivo na memória da torcida. Longe das grandes competições desde Pequim-2008, o americano encontrou em Roma espectadores curiosos, na espectativa de verem novamente o o fenômeno das piscinas. No entando, seu cartão de visitas não foi muito animador. Na estreia, o ouro no revezamento 4x100m livre não iludiu ninguém. Irreconhecível, ele admitiu ter sido "carregado" por seus companheiros. Nos 200m livre, o grande astro da festa se viu, pela primeira vez, no papel de coadjuvante. A seu lado, um alemão voador fez o que parecia impossível há um ano: vencer Phelps. Paul Biedermann, que também já havia conquistado o ouro nos 400m livre, além de bater o recorde mundial da prova, ainda aproveitou parar tirar uma sardinha para cima do americano: "Agora, eu sou o mais rápido". Derrotado, Phelps elegeu o supermaiô utilizado pelos concorrentes como o culpado e ameaçou desistir da competição caso a vestimenta não fosse banida. Pedidos aceitos. A Federação Internacional de Natação (Fina) determinou o banimento dos trajes em janeiro de 2010. Nos 200m borboleta, no quarto dia de competição, a fera mostrou sua força. Faturou o ouro e bateu o recorde mundial. Desta vez, com louvor. No revezamento 4x200m livre,Phelps novamente decepicinou. Nada que tirasse o ouro de seu país, porém outra vez foi atropelado por Biedermann. Phelps seguiu intocável e justificou o título de astro na final dos 100m borboleta: Novo ouro e novo recorde. Na despedida de Phelps, a rotina não diferente: lá estava ele no pódio, cantando o Hino Nacional americano após ter ajudado a equipe americana a vencer no 4x100m medley. Outro hino que marcou o Mundial foi o brasileiro. Liderado por César Cielo, o Brasil conseguiu feitos importantes nas cinco modalidades. Mas foi na natação que o país de fato brilhou, terminando em 8º na classificação geral. César Cielo tornou-se um dos principais nomes da competição e encantou o mundo com suas duas medalhas de ouro e o recorde mundial nos 100m livre. Suas lágrimas no pódio ao ouvir o Hino Nacional correram o planeta e formaram uma das imagens mais marcantes da modalidade em 2009.
Se no masculino os homens deram espetáculo, no feminino não foi diferente. A alemã Britta Steffen sai de Roma como uma espécie de "Cielo de saias", só que fez ainda melhor do que o brasileiro. A bela nadadora não apenas conquistou o ouro nos 50m e nos 100m livre, mas bateu o recorde mundial nas provas mais rápidas da natação. Federica Pellegrini talvez tenha conquistado mais do que isso. A musa italiana já era querida em seu país quando foi campeã olímpica nos 200m livre. No entanto, em Roma, ganhou status de rainha. Enlouqueceu a apaixonada torcida com ouros e recordes mundiais nos 200m e 400m livre - prova na qual competiu após sentir febre. Brilhou também no 4x200m livre, embora não tenha conseguido colocar sua equipe no pódio. Delicada e simpática, deixou de ser um ídolo nacional para virar uma estrela mundial.
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