sexta-feira, 20 de novembro de 2009

STJD - Superior Tribunal de Justiça Discutível.


No futebol moderno, a cada dia que passa fatores externos acabam ofuscando o que era pra ser um esporte disputado dentro de campo. A função do juiz no gramado seria a de por ordem, sendo imparcial e punindo as ações anti-esportivas. Porém, nem sempre isso basta. É aí que entra o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o famoso STJD. Sua existência é para julgar qualquer ato que esteja fora daquilo considerado fora dos padrões exigidos para uma partida de futebol. Seja um carrinho violento, seja um palavrão dito, seja uma comemoração de gol. Acontece que recentemente as decisões tomadas pelo STJD estão sendo um tanto questionáveis. Cada vez mais clubes vêm sendo prejudicados pelo tribunal com suspensões consideradas exageradas. Vejamos, por exemplo, o caso do São Paulo. Expulsos no empate por 1 a 1 com o Grêmio, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, os são-paulinos Borges, Dagoberto e Jean receberam a mesma pena: três jogos de suspensão. Denunciados em diferentes artigos, os três ficam fora dos próximos dois duelos da equipe do Morumbi e só retornam na última partida da competição, contra o Sport. Com isso, o treinador São Paulino, Ricardo Gomes, que já não contaria com Hugo e André Dias, suspensos por terceiro cartão amarelo na rodada seguinte a citada, tem problemas ainda maiores para armar sua equipe em uma fase tão importante da competição. Justo? O quê falar então da entrada criminosa do zagueiro Danilo, em cima do atacante Jorge Henrique, no duelo Palmeiras 2 x 2 Corinthians, válido pela 33ª rodada. O defensor palmeirense acertou um carrinho com os dois pés na perna do atacante e não foi punido. Nem na hora do jogo, muito menos pelo Superior Tribunal. Justo? Podemos também lembrar a declaração de um dos auditores no julgamento do atacante Vagner Love, do Palmeiras. Na hora de dar sua opnião sobre o caso, o auditor disse "é claro que se suas tranças fossem vermelho e preto, eu não lhe daria suspensão" (em alusão as cores do time carioca Flamengo. Seriedade? Declarações como essas nos fazem lembrar o polêmico comentarista de arbitragem Roberto Godoy, da Tv Bandeirantes, que diz "para se levar a arbitragem brasileira a sério, é preciso tirar Rogério Corrêa(presidente de arbitragem no Brasil) do cargo". Godoy vai ainda mais longe, dizendo "cada decisão tomada pelo STJD é duvidosa". Justiça Desportiva? Ou seria 'Justiça Duvidosa' ?

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Olho Nele: Fran Merida

Um meio de campo habilidoso, criativo, altamente técnico, podendo jogar pelo meio ou caindo pela esquerda. O espanhol Francisco Mérida Pérez, de apenas 19 anos é sem dúvidas uma das maiores opostas para o futuro no Arsenal. O técnico Arsene Wenger, famoso por buscar novas estrelas, contratou o jovem promissor junto as categorias de base do Barcelona quando este tinha apenas 16 anos. Tal como muitos dos jovens jogadores do clube, Fran fez sua estréia na equipe principal na Carling Cup 2007/2008, uma tradicional copa na Inglaterra para se testar jovens jogadores. Uma vez que os jovens Gunners haviam sido eliminados na semifinal, ele levou o próximo passo em seu desenvolvimento - um empréstimo. Merida passou quatro meses no Real Sociedad em 2008, ajudando-os a subir para o primeira no ano seguinte. Passando por todas as seleções de base da Espanha, Merida faturou a maioria dos prêmios disputadas, sendo eleito o melhor jogador em quase todas. Pelo Arsenal, já disputou 5 partidas na equipe principal, mas tende a ser apenas o começo. Não se surpreenda ao vê-lo no Emirates Stadium mais vezes nesta temporada. Olho Nele!

Veja lances de Fran Merida no vídeo baixo:
http://www.youtube.com/watch?v=qTlnno0SahA&feature=fvst

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Homenagens: Alfredo Di Stéfano

Sem dúvidas um dos melhores de todos os tempos. E não são apenas argentinos e espanhóis que dizem isso de Alfredo di Stéfano Laulhé. Quem o viu jogar, o coloca acima de Pelé e Maradona. Inclusive os dois citados. O argentino Di Stéfano debutou no River Plate em 1945, após ser indicado pela sua mãe à um olheiro do clube. Após marcar 49 gols e conquistar dois títulos nacionais, foi convocado para a seleção argentina. Mas mal deu tempo dos argentinos aproveitarem o craque por sua seleção local. Em 1949, após dois anos sem conquistar títulos no River, Stéfano se transferiu para o Milionários, da Colômbia, e assim, se naturalizou colombiano. Além de conquistar quatro campeonatos nacionais pelo seu novo clube, Alfredo di Stéfano também participava de amistosos muito bem pagos ao redor do mundo. Em um deles, em 1953, contra o Real Madrid, foi um dos grandes destaques da partida e imediatamente contratado pelo Barcelona. O clube catalão o negociara com o clube que oficialmente detinha de seu passe, o River Plate. Di Stéfano já havia participado de três amistosos pelo Barcelona quando o Real Madrid entrou na disputa por ele. O clube da capital falara diretamente com o Millonarios e passou a considerar-se também dono da joia rara. O ministro dos esportes, General Moscardo, apresentou sua solução: o argentino faria temporadas alternadas por cada equipe por quatro anos - começando pelo Real. O acordo foi rejeitado pelo Barça, e Di Stéfano acabaria ficando no Real. A polêmica mudança dele para Madrid fez o Barcelona sentir-se traído. A rivalidade entre as duas equipes, até então irrisória começaria aí, aumentando com o passar dos anos devido às conquistas em série que o Real conseguiria com ele liderando o clube em campo. Antes de Di Stéfano chegar, o clube da capital não era o maior vencedor do país, nem mesmo da cidade: tinha dois títulos no campeonato espanhol, mas conquistados havia mais de vinte anos. No momento, o Barcelona (seis), Atlético Bilbao (cinco), Atlético de Madrid (quatro) e Valencia (três) possuíam mais conquistas em La Liga. Com Di Stéfano em sua primeira temporada, o Real conquistaria seu terceiro título, muito por conta dos 29 gols que deram a artilharia do torneio ao argentino. Um bicampeonato seguido viria na segunda temporada. Este título credenciou o Real Madrid a ser o primeiro representante da Espanha na Copa dos Campeões da UEFA, que teria sua primeira edição na temporada europeia de 1955/56. Di Stéfano não só participou, mas más também faturou novamente a artilharia e, o mais importante, conquistou a primeira edição do torneio entre clubes mais importante do mundo. A linha ofensiva com Kopa e o ponta da Seleção Espanhola Francisco Gento daria frutos na temporada 1956/57, com o Real vencendo novamente o Espanhol (com Di Stéfano novamente na artilharia) e conseguindo um bi na Copa dos Campeões. Com isso, Stéfano novamente se naturalizou e passou a jogar pela seleção meregue. A temporada que se seguiu viu o Real igualar-se a Barcelona e Atlético Bilbao como o maior vencedor da Liga Espanhola e com Di Stéfano novamente artilheiro dela. A continuação houve também na Copa dos Campeões: pela terceira vez seguida, a taça veio para o Real. Em 1958 chega ao clube o húngaro Ferenc Puskás, formando assim uma das mais brilhantes e vencedoras duplas da história do futebol mundial. Os anos de ouro no cenário internacional terminariam na década com o Real faturando também a primeira Copa Intercontinental, com vitória de 5 x 1 sobre o Peñarol. Em menos de dez minutos, ele já havia marcado uma vez, e Puskás, duas. Após conquistar cinco títulos continentais seguidos, o Real levantaria o Espanhol também cinco vezes seguidas entre 1961 e 1965. A última delas já foi sem ele no elenco: já sem os mesmo números de artilheiro, Di Stéfano deixou em 1964 o clube e se transfere para o Español, outro rival do Barcelona - por serem da mesma cidade. No Español jogou duas temporadas até encerrar a carreira, aos 40 anos, com, além de todos os troféus, mais de 800 gols marcados. Após um ano aposentado, Alfredo di Stéfano virou treinandor, passando por Boca Junior, Valencia, Sporting, River Plate, entre outros. Hoje, aos 83 anos, Di Stéfano é o presidente honorário do Real Madrid.


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Algumas frases sobres 'Don' Alfredo Di Stéfano:

"Para mim, o número 1 é Di Stéfano. Aqueles que o viram, viram. Aqueles que não o viram, perderam" (Joaquín Peiró, ex-Atlético de Madrid)

"Se Pelé foi o violinista principal, Di Stéfano foi a orquestra inteira" (Helenio Herrera, ex-técnico do Barcelona)

"Foi o jogador mais inteligente que vi jogar e transpirava esforço e coragem. Foi um líder inspirador e um exemplo perfeito para os outros jogadores" (Bobby Charlton, ex-Manchester United)

"Para as crianças dos anos 50, Di Stéfano era, acima de tudo, o som da vitória que se ouvia nas rádios, seu nome ecoava como uma batida do coração associada sempre a uma sensação de vitória" (editor de esportes do jornal espanhol 'As')

..And the Oscar goes to..?

Muitos questionavam os pontos corridos alegando não tem a emoção das finais de um mata-mata. Mas quer mais emoção do que chegar nas últimas e não ter nada definido ainda? É liderança mudando, vagas para libertadores mudando de donos, times se alterando na zona da degola para a Série B... Sem dúvidas nos deparamos com o campeonato mais equilibrado dos últimos anos. Quando pensávamos que o título ficaria com o 'dono do melhor elenco', Internacional de Porto Alegre, chega o Atlético Mineiro com um time muito bem montado por Celso Roth. Quando o Palmeiras deslancha, rouba e dispara na liderança, o São Paulo, repetindo os anos anteriores, tem uma arracanda no finalzinho e segue rumo à mais um título. Isso sem falar no Flamengo, agora více líder com a incrível dupla Pet-Adriano, o Cruzeiro do goleiro Fábio e do atacante Kléber, e o Grêmio, dos argentinos Maxi e Herrera. Para apimentar ainda mais a disputa pelo caneco, os árbitros brasileiros resolvem tava mais lenha na fogueira, com falhas e mais falhas. Vergonhoso para um país penta campeão mundial. Como se não bastasse a briga pelo título e pela libertadores, temos ainda a briga para não cair. O Sport de Recife foi o primeiro a ceder. Na lista ainda continuam brigando bravamente Santo André, de Marcelinho Carioca, Náutico de Carlinhos Bala, e Fluminense, de Fred. Esse aliás, parece ter sentido fome de gol no longo tempo fora dos campos e voltou com o mesmo apetite que tinha quando atuava na Cruzeiro, quando despontou no cenário nacional. A cada jogo que passa tem sido decisivo. É capitão, é artilheiro, é o líder do time. Talvez, junto com o sérvio Petkovic do Flamengo, tenha sido o maior destaque do segundo turno. Outra briga interessante desse campeonato está na artilharia da competição. Diego Tardeli e Adriano disputam não apenas o posto de goleador máximo, mas também uma vaguinha na Copa do Mundo de 2010. Ronaldo, maior aquisição da história do futebol brasileiro, três vezes melhor do mundo e artilheiro maior de todas as copas, passou um bom tempo machucado também, mas quando jogou pelo Corinthians, fez a diferença. Com o gordinho em campo, o timão marcou 21 gols, 18 com a participação dele. Seja em gols, lançamentos, faltas, passes... Com esses ingredientes, o Campeonato Brasileiro 2009 se tornou o maior atrativo do ano, sem dúvidas. Façam suas apostas! Quem leva o prêmio final?

domingo, 15 de novembro de 2009

Brasil 1 x 0 English Team B


A torcida no Qatar era em sua maioria torcedores dos ingleses. Porém, isso não foi o suficiente para animar o time praticamente reservas de Fábio Capello a vencer o quase imbatível time de Dunga. Embora não tenha sido um jogão lá muito emocionante, podemos destacar vários pontos do jogo. A começar pela escalação de ambas equipes. Do lado do Brasil, Thiago Silva, contando com inúmeros problemas na defesa - Luisão, Juan e Naldo machucados -, finalmente teve sua chance no time titular. A vaga na lateral esquerda dessa vez ficou com Michel Bastos, que mesmo atuando como meio de campo no Lyon, mostrou que ainda pode ser lateral. No meio de campo, Dunga resolveu começar com Elano ao invés de Daniel Alves, que vinha tendo ótimas atuações pelo setor fazendo uma boa dupla junto com Maicon na faixa direita do campo. Já do lado Inglês, é mais fácil dizer qual era o único titular: Rooney. De resto, todos reservas. Sem poder contar com titulares como Ferdinand, Terry, Lampard, Gerard, Beckham e Joe Cole, o técnico italiano Capello mandou 'desconhecidos' como Ben Foster, Brow, Upson, Lescott, Bridge, Jenas, Barry, Wright-Phillips, Milner e Bent. O primeiro foi inteiramente controlado pela seleção brasileira, que envolvia a, bem montada, seleção da terra da rainha. Mas embora dominava o jogo com troca de passas, poucas foram as chances agudas de gol. O destaque brasileiro, ficou por conta de Nilmar, que criou boas jogadas pela esquerda com sua velocidade característica. O jogou voltou para o segundo tempo e, logo no primeiro minuto de jogo, Nilmar mostrou o porquê merece a vaga de titular na seleção. Aproveitando bom lançamento de Elano, o ex-colorado apareceu no meio da zaga para tocar de cabeça para o fundo das redes e correr para o abraço, 1x0. A desvantagem fez Fabio Capello mexer no ataque inglês: saiu Bent e entrou Defoe. Mas, antes mesmo que ele pudesse tocar na bola, o Brasil teve outra oportunidade real de gol. Aos nove, Nilmar mostrando muita velocidade e reflexo, aproveitou falha da zaga, ficou com a bola e acabou derrubado na área pelo goleiro. Pênalti! Kaká que é o batedor oficial deixou a cobrança para Luis Fabiano. O atacante do Sevilla acabou decepicionando o amigo do Real Madrid e chutou para fora, perdendo a chance de abrir maior vantagem no placar. O jogo continuou com o Brasil tomando as rédias e em uma tentativa de explorar as bolas alçadas na área tradicionais do futebol inglês, Capello colocou em campo o grandalhão Crouch. Dunga também se viu obrigado a mexer no ataque de seu time quando Luis Fabiano se machucou em lance com zagueiro adversário cortando o supercilho. Era a chance que o estreiante Hulk precisava. Surpresa na convocação de Dunga, o atacante do Porto debutou na seleção canarinha, mas pouco precisou fazer, já que o Brasil estava com o jogo ganho e segurou o placar até o final da partida. 1x0 em cima do time praticamente reserva da Inglaterra. A seleção volta a jogar na próxima Terça-Feira contra a seleção de Omã, no último amistoso do ano.